Para Margarida Barreto,
existe
solução para o assédio moral. "É fundamental mexer na organização do
trabalho; disseminar o tema na empresa, que deve adotar ações
preventivas. A Petrobras, por exemplo, no seu Código de Ética, incluiu
artigos sobre assédio moral. Outras, como Eletrobrás, Nuclebrás e
Eletronorte também estão discutindo o tema".
Entre as ações
preventivas, as corporações podem realizar palestras. As empresas devem investigar as denúncias, sensibilizar os trabalhadores por meio de
reuniões. Os sindicatos e federações devem continuar a negociar
cláusulas sobre o assunto nas convenções coletivas. Muitos já têm, como, por exemplo, os jornalistas de Minas Gerais, que foram os primeiros a
conseguir incluir essa discussão na convenção. "As pessoas devem superar o medo e serem solidárias com
os colegas. É bom lembrar que o assédio moral no trabalho não é um fato
isolado. Ele se baseia na repetição ao longo do tempo de práticas
vexatórias e constrangedoras, explicitando a degradação das condições
de trabalho em um contexto de desemprego e aumento da pobreza urbana”.
A
luta para recuperar a dignidade, identidade, o respeito no trabalho e a
auto-estima deve ser feita juntamente com os representantes dos
trabalhadores de cada sindicato, das CIPAS, entre outros.