Reajuste salarial / salário / negociação / reajuste acima da inflação / INPC / Balanço das negociações dos reajustes salariais
No primeiro semestre de 2014, cerca de 93% de 340 unidades de negociação analisadas pelo Sistema de Acompanhamento de Salários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (SAS-DIEESE) conquistaram reajustes salariais acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou seja, conseguiram aumentos reais.
O estudo analisou os setores da Indústria, do Comércio e de Serviços e identificou que os reajustes conquistaram ganhos reais de até 3%. A maior incidência de ganho real ficou entre 1% e 2%. Em aproximadamente 4% das unidades de negociação coletiva pesquisadas, o aumento igualou-se ao INPC e, em 3%, ficou abaixo do índice.
Em relação ao Índice de Custo de Vida (ICV) medido pelo DIEESE, os resultados mudam um pouco. Considerando o ICV, o percentual de reajustes com aumentos reais foi de 70%; cerca de 30% ficaram abaixo deste índice e nenhum se igualou a ele. O aumento real médio, segundo o ICV, foi de 0,6%.
As diferenças de metodologias e de abrangência entre os índices ICV e INPC resultam em números diferentes. O índice calculado pelo DIEESE leva em consideração os preços verificados na cidade de São Paulo. O cálculo do IBGE tem como base a variação de preços em nove regiões metropolitanas, somadas à de Brasília e Goiânia.
Comparando com os dados do ano passado, o primeiro semestre de 2014 apresentou resultados melhores em relação ao crescimento do número de reajustes acima do INPC e aos valores negociados.
Os dados são produzidos e analisados pelo DIEESE anualmente, a partir de um painel fixo de mais de 670 unidades de negociação. A instituição divulga sempre dois balanços, um com base nas negociações do primeiro semestre e um outro com os dados de 12 meses.
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