Quem são os trabalhadores do setor de energia elétrica no Brasil?

Homens na faixa etária de 40 a 49 anos, com rendimento médio de R$ 3.598,40 e que há mais de 10 anos trabalham na distribuição de energia elétrica – isto é, são responsáveis por garantir o fornecimento de energia para diferentes tipos de consumidores. Este é, de maneira geral, o perfil do eletricitário brasileiro, como mostra estudo do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Homens na faixa etária de 40 a 49 anos, com rendimento médio de R$ 3.598,40 e que há mais de 10 anos trabalham na distribuição de energia elétrica – isto é, são responsáveis por garantir o fornecimento de energia para diferentes tipos de consumidores. Este é, de maneira geral, o perfil do eletricitário brasileiro, como mostra estudo do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

 

Em 2004, 106.409 pessoas – ou 0,3% do total de empregados do país - estavam formalmente ocupadas no setor elétrico brasileiro, cerca de 13 mil a menos que em 1998. Nesse intervalo, o emprego no Brasil cresceu 28,2%, enquanto o emprego no setor elétrico caiu 10,9%. Este comportamento não se deu de forma homogênea:  entre 1998 e 2000, a queda no emprego foi de 16,2%, enquanto de 2000 a 2004, verificou-se um crescimento de 6,3%.

 

Do total de empregos no setor, 83,3% são ocupados por homens e 16,7%, por mulheres. Apesar do predomínio da força de trabalho masculina, a presença das mulheres vem crescendo, pois em 1998 elas respondiam por 15,4% do emprego no setor de energia elétrica. Esse crescimento aparece predominantemente no ramo de atividade mais recente do setor: o comércio atacadista de energia elétrica, que surgiu com a regulamentação de um mercado livre de compra e venda de energia.

 

Ao final de 2004, segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), 40% dos eletricitários empregados tinham idade entre 40 e 49 anos; 26,5%, entre 30 e 39 anos e 15,1%, entre 50 e 64 anos. Quando se considera os diferentes setores de energia elétrica, verifica-se que eletricitários com idade entre 40 e 49 anos assumem maior peso na transmissão de energia (45,4%), ou seja, no ramo do setor encarregado de levar energia das usinas geradoras às empresas de distribuição. Os jovens ganham maior expressão no comércio atacadista de energia elétrica, onde representam 8,2% do total de eletricitários empregados.

 

A maior parte dos eletricitários formalmente empregados no Brasil possui 2º grau completo (44,7%), de acordo com os dados da Rais 2004; outros 27,1% da categoria têm curso superior e apenas 0,1% dos empregos são ocupados por analfabetos.

 

Ainda de acordo com a Rais 2004, a remuneração média do trabalhador do setor elétrico é R$ 3.598,40. Entre os que têm 2º grau completo, a remuneração média é de R$ 2.952,55 e entre os que concluíram o 3º grau, R$ 5.940,53.

 

Os homens recebem remuneração média 26% maior que a das mulheres (R$ 2.957,10). Em 1998, este percentual era de 18,2%, o que significa que já havia diferença entre a remuneração de homens e mulheres, mas que ela aumentou de forma expressiva no decorrer do período.

 

Mais da metade dos eletricitários empregados (55,2%) ocupa um mesmo posto de trabalho há 10 anos ou mais (66,0% mantêm o mesmo vínculo de emprego há 5 anos ou mais) e 11,6% têm menos de 1 ano de tempo de serviço. Em 1998, o cenário era um pouco distinto, embora ainda com predominância de profissionais com 10 anos ou mais de serviço. Os eletricitários nessa situação representavam 62,8% da categoria empregada e, em 2000, chegaram a representar 65,1%.

 

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